domingo, 30 de setembro de 2012

Vídeo da Intervenção

Aqui um pequeno vídeo mostrando um pouco da interação das crianças com o muro da escada e fotos diversas da intervenção em funcionamento.

http://vimeo.com/43491662

Intervenção

Para a intervenção, tivemos a ideia de transformar a praça num lugar tanto agradável e relaxante, como divertido, onde os usuários poderiam interagir diretamente com ela. Todos os elementos foram feitos em roxo, com desenhos fluorescentes amarelos e iluminação por luz negra. No centro, um puff gigante de formato cilíndrico que foi apelidado de Stuff ou Stuffo. Nos bancos, circuitos que faziam com que, quando alguém sentasse no banco, fosse acendida uma lanterna de luz negra, que podia ser movida horizontalmente. Na escada, um muro coberto por pano roxo onde as pessoas deixavam seus nomes, mensagens e desenhos de marca-texto, que se tornavam visíveis com a lantyerna de luz negra que foi pendurada no meio da escada. Ainda colocamos um tatame ao lado da pérgola, pra funcionar como uma extensão do Stuffo, além de vários potinhos com líquido fluorescente que brilhavam pelo efeito da iluminação de luz negra.

O sucesso da intervenção foi além do esperado: a praça se encheu com a energia de dezenas de crianças que corriam e se divertiam pela praça, enquanto seus pais ou avós conversavam, sentados nos bancos ou passeando pela praça.












SketchUp Sensitivo da Praça

Não consegui pegar o vídeo com os coleguinhas a tempo de postar, mas tá aí:

http://gabrielnardelli-aia.blogspot.com.br/2012/05/sketchup.html

Inhotim


Galeria Adriana Varejão


A Galeria Adriana Varejão, inaugurada em março de 2008, é um espaço concebido para receber as obras da artista, que participou da conceituação do projeto arquitetônico. O edifício, de autoria do arquiteto paulistano Rodrigo Cerviño Lopez, tem 477m² e cria um percurso que começa num caminho por entre um espelho d'água e, depois do primeiro pavimento, culmina numa grande praça elevada. Através desse terraço, uma ponte serve de acesso a uma área de expansão de Inhotim, a área do novo lago.


Panacea Phantastica (2003-2007)


Iniciando o percurso, está Panacea phantastica, um conjunto de azulejos que tem retratados 50 tipos de plantas alucinógenas de diversas partes do mundo. Concebida como um múltiplo que pode se adaptar a qualquer arquitetura, a obra aqui se transformou num banco na entrada do pavilhão, um espaço de contemplação e convívio. Num dos azulejos, um texto sugere a relação entre os efeitos alucinógenos das plantas e mudanças na percepção que podem ser provocadas também pela arte.


Linda do Rosário (2004)


Nos trabalhos recentes, a artista desenvolve ambientes virtuais geometrizados que remetem a açougues, botequins, saunas, piscinas e banheiros, em que retoma questões intrínsecas à pintura como profundidade, espaço e cor. Através da releitura de elementos visuais incorporados à cultura brasileira pela colonização, como a pintura de azulejos portugueses, ou a referência à crueza e agressividade da matéria nos trabalhos com “carne”, a artista discute relações paradoxais entre sensualidade e dor, violência e exuberância. No seu trabalho, difícil de classificar disciplinarmente, a carne, o sangue e, sobretudo a pele enquanto lugar que une ou divide interior e exterior, revelado e oculto, ganham com freqüência uma condição metafórica ou transformam-se em imagem forte de uma cultura que traz a violência e o sacrifício inscritos na matriz.

Talvez por isso, o seu horizonte estético seja o de uma beleza sanguínea, capaz de sobrepor erotismo, sublime e morte que, em vez de se apresentarem como elementos contraditórios, se tornam interdependentes. Existem rumores de historias que inspiraram a artista no feitio da obra Linda do Rosário, como o desabamento de um bordel numa favela onde um casal fazia amor, e a posterior mistura de carne e paredes.

O Colecionador (2008)



O colecionador é a maior pintura da série Saunas, e faz uso de uma palheta quase monocromática para criar um labirinto interior idealizado. Com seus jogos de luz e sombras, a pintura evoca espaços de prazer e sensualidade e reflete a arquitetura do pavilhão, propondo uma continuidade virtual do espaço.


Celacanto Provoca Maremoto (2004-2008)


A obra de Adriana Varejão promove uma articulação entre pintura, escultura e arquitetura, revisitando elementos e referências históricos e culturais. Especialmente criada para o espaço a partir de um painel original em apenas uma parede, a obra Celacanto provoca maremoto (2004-2008) vale-se do barroco e da azulejaria portuguesa como principais referências históricas, mas também da própria história colonial que une Portugal e Brasil: afinal de contas aqui estamos nos domínios do mar, o grande elemento de ligação entre velho e novo mundos no período das grandes navegações. Colocados nos painéis formando um grid, os azulejões fazem referência à maneira desordenada e casual com a qual são repostos os azulejos quebrados dos antigos painéis barrocos. Assim, o maremoto e as feições angelicais impressas nas pinturas formam esta calculada arquitetura do caos, com modulações cromáticas e compositivas, remetendo à cadência entre ritmo e melodia.


Carnívoras (2008)


O políptico toma como referência as pinturas de azulejo de figuras avulsas. Ao contrário dos grandes painéis, que na azulejaria tradicionalmente narram acontecimentos históricos, aqui cada azulejo representa uma figura isolada, em contraste com a narrativa épica de Celacanto provoca maremoto (2004-2008). Varejão escolheu representar as espécies Darlingtonia, Dionaea, Drosera, Heliamphora e Nepenthes, todas plantas carnívoras. Valendo-se de uma das modalidades mais consagradas da pintura in situ, a pintura de forro, a obra pode ser visualizada a partir do primeiro ou do segundo piso.

Passarinhos – de Inhotim a Demini (2003-2008)




A galeria termina no terraço: uma rampa-corredor em forma de “L” conduz à uma nova ascensão. Esta passagem quase ritualística dá no terraço com vista impressionante de Inhotim, onde se tem uma visão do alto de todo o espaço do museu.

Com vocação natural para mirante, percebe-se como as obras e as galerias se integram à paisagem, tornam-se invisíveis pois não se vê nada além de verde.

Neste terraço-mirante, um banco de azulejos em forma de “U” traz uma coleção de desenhos de uma centena de pássaros a partir de pesquisa e vivência de Adriana em uma tribo Yanomani.

Porém, nesse ponto, há um conflito entre a arte e a arquitetura no local, sendo que a função de mirante não é totalmente cumprida, uma vez que o banco impede que se chegue até a extremidade onde seria possível ver o espelho d'água que compõe a entrada da galeria.

Croqui da entrada da galeria




Croqui da Praça


Workshop Sensorial de Croqui

Fizemos um workshop em uma visita à uma casa antiga de Catas Altas cujo objetivo era fazer um croqui de um objeto, sentindo-o apenas pelo tato, com os olhos tampados por uma venda.



Croqui Catas Altas

Croqui feito em Catas Altas da igrejinha que fica no centro da cidade.



Foto: Alice Dicker.


Primeira Viagem a Catas Altas

Catas Altas é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, com menos de 5 mil habitantes.

A cidade está situada ao pé da Serra do Caraça, a 120 quilômetros de BH. O lugar, hoje ponto turístico pertencente à rota da Estrada Real, pertenceu ao ciclo do ouro, o que causou perceptíveis danos ambientais. A paisagem, além de contar com a Serra, é composta por casas barrocas, tombadas como patrimônio histórico.

Como o primeiro grupo no qual eu era membro foi dissolvido, fui acolhido pelo simpático povo do "grupo da Pérgola", que tinha escolhido como local da intervenção a Praça João Rodrigues Sobrinho, próximo à Igreja de Santa Quitéria (que era o local de intervenção do grupo que foi desmembrado). A praça estava abandonada, com vários bancos, grades e postes depredados por ação de vândalos. Apenas crianças utilizavam a praça para brincar e um cidadão que morava em frente à praça tinha os cuidados de acender e apagar as lâmpadas dos seus postes.










Fotos: Gabriel Nardelli e Paula Albuquerque.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Fotos de Uma Nova Perspectiva

          Fotos tiradas em Catas Altas, com a câmera amarrada na perna, para imagens menos manipuladas, de perspectivas incomuns. 






quarta-feira, 28 de março de 2012

Estratégias de apropriação do espaço

Flash Mobs: são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.
Ex.: Zombie Walk - consiste em pessoas que se juntam para passar algum tempo caracterizadas como zumbis e agindo como tal, dispersando-se em seguida.

Parkour: é uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápido e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em áreas rurais e urbanas.

Flâneur: vem do francês e tem o significado de "vagabundo", "vadio", que por sua vez vem do verbo francês "flâner", que significa "para passear". Charles Baudelaire desenvolveu um significado para flâneur de "uma pessoa que anda pela cidade a fim de experimentá-la". A percepção do flanêur parece se dar diante daquilo que é transitório na cidade, mas ele não simplesmente lamenta-se a respeito da transitoriedade, ele se alimenta dela, ele formula uma espécie de abrigo no ventre da caótica urbanidade.

Deriva: se apresenta como uma técnica de passagem rápida por ambiências variadas, de andar sem rumo. O conceito de deriva está indissoluvelmente ligado ao reconhecimento de efeitos de natureza psicogeográfica e à afirmação de um comportamento lúdico-construtivo, o que o torna absolutamente oposto às tradicionais noções de viagens e passeios.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Croquis

Croquis feitos na Escola de Arquitetura:



Croqui feito no Museu da Pampulha:
 
P.S.: O quesito "agilidade" precisa ser trabalhado, mas chegaremos lá.

domingo, 11 de março de 2012

Representando Álvaro

O Álvaro é um cara que vive viajando, em todos os sentidos. Assim, na imagem, como plano de fundo, uma estrada, com o fundo desfocado, representando um destino incerto ou “em construção”. Por ser uma pessoa tranquila e levar tudo na brincadeira, no rosto há um sorriso e na mão, um símbolo de paz. Já em suas outras viagens, achei interessante colocar uma mala sendo levada e aberta, revelando um coelho banco, que faz referência às viagens de Alice (no País das Maravilhas), e um souvenir da Irlanda, já que ele fez intercâmbio no país por cinco meses. O baixo nível de saturação e cores amenas na imagem, assim como os diversos pontos de forte contraste entre preto e branco, escuro e claro, fantasia e realidade, completam a representação, mostrando que apesar de toda a tranquilidade, pode-se sentir que o coleguinha também possui um lado oculto e negro. Até porque não há luz sem que haja sombra. 


(Foto Original)